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Prescrição trabalhista: entenda tudo o que você precisa saber sobre



A CLT é um conjunto de leis que tem o propósito de regulamentar as relações trabalhistas. Reúne, assim, todas as regras relacionadas ao trabalho no Brasil, prevendo os direitos e obrigações trabalhistas.


Entre elas a prescrição trabalhista (Artigo 11 da CLT), que define os prazos relativos à perda dos direitos que o trabalhador possui após entrar com um processo judicial contra a empresa onde trabalhou. 


Ou seja, quando o trabalhador acredita que tem os direitos violados pela empresa, ele tem um período determinado pela justiça em que pode mover um processo contra o empregador. 


Qual a importância da prescrição trabalhista para a empresa?

A prescrição é um ponto das leis trabalhistas que tem como objetivo evitar que litígios nessa área se prolonguem de forma indefinida. 


Se não existisse um prazo máximo para delimitar o tempo em que é permitido ao trabalhador entrar com um processo contra o empregador, haveria muita instabilidade e insegurança na área jurídica das empresas. 


Por exemplo, uma pessoa que se sentiu lesada devido à escala de trabalho a que foi submetida teria o direito de entrar com um processo contra a empresa 20 anos depois que o vínculo empregatício foi encerrado. 


Isso seria algo muito complicado juridicamente, assim, para evitar essa situação existe a prescrição trabalhista, que delimita os prazos para que o trabalhador entre com uma ação contra o empregador.


Quais são os tipos de prazos prescricionais trabalhistas?

O empreendedor precisa conhecer bem as regras trabalhistas para evitar multas contatuais e outros problemas. Um ponto importante é ter ciência do artigo 11 da CLT, que prevê dois prazos prescricionais trabalhistas que se aplicam em contextos diferentes. Confira a seguir.

Prazo prescricional bienal 


A prescrição trabalhista bienal diz respeito ao tempo que o trabalhador tem para acionar a empresa judicialmente. Como o próprio nome já sugere, ele pode fazer isso em, no máximo, dois anos depois da finalização do contrato do trabalho. 


Por exemplo, se o trabalhador encerrar o vínculo empregatício no dia primeiro de março de 2023, ele tem até primeiro de março de 2025 para abrir uma reclamação judicial contra a empresa. Depois disso, o prazo prescreve. 


Prazo prescricional quinquenal

O prazo prescricional quinquenal refere-se ao tempo de trabalho que o funcionário pode cobrar da empresa. Ele tem o direito de pleitear pelo pagamento referente aos cinco anos anteriores.

Contudo, esse período não começa a ser contado a partir do fim do contrato trabalhista, mas sim do dia em que o processo foi aberto legalmente.


Por exemplo, uma pessoa trabalhou em uma empresa por 10 anos, encerrou o seu contrato no dia 5 de abril de 2022 e entrou com uma ação judicial no mesmo dia em 2023. Ela só poderá requerer o valor referente ao período de 2018 a 2023.


Logo, nesse exemplo, valores devidos dos anos anteriores não podem mais ser cobrados pelo trabalhador.


Como funciona a prescrição trabalhista? 

A prescrição trabalhista é aplicada em diferentes ipos de contrato de trabalho e serve para determinar o prazo em que o trabalhador pode entrar com uma ação contra a empresa onde trabalhou e o período sobre o qual ele pode pleitear valores devidos.


Contudo, há situações em que o prazo prescricional trabalhista não se aplica, nas quais o trabalhador pode entrar com ações relacionadas a irregularidades do seu contrato de prestação de serviço. 


Casos em que a prescrição trabalhista não se aplica

Se o objetivo da ação trabalhista é que o vínculo empregatício seja reconhecido para fins previdenciários, a prescrição trabalhista bienal não se aplica. 


Então, se o trabalhador foi contratado em 2015, mas teve a carteira assinada somente em 2018 e depois dispensado em 2019 pode entrar com um processo em 2023 e demandar o reconhecimento do vínculo empregatício. Assim, os anos de 2015, 2016 e 2017 podem ser contados como trabalhados na sua carteira de trabalho e para a aposentadoria. Mas a pessoa não tem o direito de mover uma ação solicitando pagamento de 13º ou horas extras, pois, nesse caso, o período já prescreveu. 

Saiba ainda que a prescrição trabalhista também não se aplica em casos de menoridade (pessoas menores de 18 anos) e na situação em que o trabalhador não teve acesso à justiça devido a uma doença grave. Se você gostou de conferir as dicas, provavelmente vai gostar de outros conteúdos aqui. Não deixe de visitá-los também!


Fonte: Omie

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